Você sabe o que é?
Para iniciar esse texto, deixamos aqui uma pergunta inquietante – talvez filosófica: “O que significa ser humano em um mundo cada vez mais digital, tecnológico e robótico?”
Com o processo da transformação digital, aprofundamento do marketing digital e o surgimento do Big Data, que possibilitou coleta, processamento e análise de megadados, e consequente, o melhor estudo sobre o comportamento dos consumidores e estratégias de mercados mais assertivas, houve também a convergência dos consumidores para usuários mais ativos, exigentes, presentes, colaborativos e altamente informados nas mídias sociais e na Internet.
Esse novo consumidor 4.0, como é chamado atualmente, mais empoderado e consciente dos seus hábitos de consumo, está mais social do que nunca, principalmente na sua busca pela proximidade e o envolvimento profundo com as marcas, pois querem criar relações humanas sólidas com elas como se fossem amigos, já que se identificam em valores e fazem parte de seu estilo de vida.
Como já disse Philip Kotler – o pai do marketing – o consumidor é o centro do universo das marcas e ele vem se transformando num humano mais pleno em coração, mente e espírito, guiando a economia e era digital para criação de marcas mais humanas e com personalidades autênticas, pois serão elas a se destacarem no mercado e serem mais lembradas pelo público.
Mas, afinal, o que é a humanização das marcas?
Humanização de marcas é, resumidamente, atribuir características semelhantes do ser humano às marcas, transformando-as em “verdadeiras pessoas que falam, sentem, pensam, agem”, além de construir um relacionamento mais aprofundado de confiança, solidez e transparência com seu público-alvo em toda a sua jornada de compra, proporcionando experiências personalizadas.
Marcas humanizadas não são estratégias focadas em vendas, mas sim ações planejadas e contínuas de gestão de marca (branding) para atração, fidelização, retenção e criação de fortes vínculos emocionais com seus consumidores.
Ou seja, o marketing humanizado se expressa na postura – o que chamamos de cultura organizacional – e com estratégias de comunicação adotadas para o público, por meio da total compreensão, entendimento e atendimento das suas ansiedades e desejos mais latentes, através da criação de produtos e serviços que expressam os valores humanos.
Os 3 Pilares do Marketing Humanizado
Em 2019, durante o evento RD Summit, a especialista em Marketing digital, Liliane Ferrari, afirmou que o marketing humanizado está centrado em 3 pilares. Veja a seguir:
- Emoção
É a incrível capacidade de construir o sentimento de pertencimento entre marca e cliente, convidando-o a fazer parte da sua vida. É criar experiências que causam emoções positivas no cliente e que o façam lembrar da marca em diversas situações do cotidiano. Hoje, os consumidores buscam vivenciar e se sentirem inspirados pelas marcas que consomem.
- Empatia
Assim como a confiança, é a chave para o relacionamento de sucesso com os consumidores. Marcas que se colocam no lugar dos seus clientes, compreendem melhor o que eles desejam, necessitam e buscam. A empatia também implica no posicionamento das marcas e nas ações diante dos diversos assuntos que afetam o mundo, principalmente, no que tange ao seu impacto socioambiental.
- Ética
Marcas humanizadas precisam ser éticas e transparentes. Seu caráter moral positivo deve condizer com suas ações e todas as decisões de negócios. A ética baseia a integridade dos valores da empresa e faz com que a mesma age de forma correta perante seu público e sociedade, assumindo seus erros, quando preciso.
Portanto, humanizar as marcas é um processo extremamente importante para as empresas na era digital. Tal processo é uma construção interna que deve ocorrer dentro das empresas, com planejamento estratégico, tempo e desenvolvimento de uma cultura organizacional que coloca o ser humano no centro de tudo. Criar relações sólidas e sociais com os consumidores será o maior diferencial das marcas de sucesso.
Coloque em prática os ensinamentos e colha os frutos do marketing humanizado!
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